Manter uma Bíblia sobre sua mesa e trazer princípios cristãos para suas aulas causou a demissão do professor John Freshwater de uma escola nos Estados Unidos.

02/03/2013 14:54

 

Podstagem: Benedito Dias

A demissão ocorreu em 2011, após a diretoria da escola alegar que ele estava discutindo temas que não faziam parte da programação das aulas. Os advogados dele argumentam que o desligamento foi feito de maneira inconstitucional.

 

Pesam ainda sobre o professor, acusações de que ele teria usado uma ferramenta para queimar os braços dos alunos com uma cruz, de acordo com o Daily News.

 

“Ele não se envolveu em proselitismo religioso, ele discutiu uma teoria científica que passa a ser consistente com os ensinamentos de várias religiões mundiais”, afirmou Hamilton, um dos advogados.

 

Entretanto, a escola alega que John Freshwater incentivava os alunos a duvidarem das ciências com um folheto, e se negava a ensinar o conteúdo programado, que abordava a criação e a evolução do homem e a homossexualidade, segundo informações do Christian Post.

 

O professor está recebendo apoio de um grupo que luta por liberdades civis, enquanto que a diretoria da escola tem recebido manifestações de aprovação por parte de grupos ateus e de educação científica.

 

O caso está sendo julgado pela Corte Suprema de Ohio, e na última quarta-feira, Freshwater apresentou sua versão dos fatos. Os advogados do professor alegam que a demissão violaram os direitos da Primeira e Décima Quarta Emenda da Constituição, que tratam da liberdade de expressão e religiosa.

 

O Instituto Rutherford, entidade de proteção aos direitos civis, afirmou que irá lutar para que o caso seja revisto e os direitos do professor enquanto profissional e cidadão sejam garantidos: “Vamos defender o direito à liberdade acadêmica de um professor de ciências demitido por incentivar os alunos a pensar criticamente sobre o currículo de ciência da escola, particularmente no que se refere às teorias de evolução”, afirmou o comunicado do instituto.

 

O advogado da escola, David Smith, rebate dizendo que John Freshwater não tinha liberdade para alterar o conteúdo definido para as aulas: “Não há liberdade acadêmica do professor para fazer isso. Este não é um caso sobre o cânhamo industrial. Este não é um caso sobre a guerra do Iraque. Pontos de vista sociológicos e políticos são coisas completamente diferentes”, argumentou.

 

Fonte:  Gospel